Paulo, fixando os olhos no Sinédrio, disse:
"Meus irmãos, tenho vivido até o dia de hoje com a consciência limpa diante de Deus." (Atos 23.1)
A liberdade consiste, sobretudo, numa consciência limpa perante si mesmo, perante Deus e perante os homens. E Paulo sabia disto muito bem. Ele havia decidido ser um homem livre e demonstrava isto ao mundo através de uma vida íntegra. Somente assim Paulo pôde proclamar com autoridade, liberdade e poder o santo evangelho do Senhor Jesus Cristo, o qual fizera dele um ministro aos gentios. A maior riqueza de Paulo era, sem dúvida, a inteireza de sua consciência perante si mesmo, perante Cristo e perante os homens e, a partir, deste pressuposto, Paulo pregava e ensinava o evangelho destemidamente.
Não tinha receio de olhar nos olhos de quem quer que fosse, pois sua alma, suas convicções e sua postura diante da vida e das pessoas e, sobretudo, diante de Deus, eram transparentes e bem resolvidas. Paulo não tinha uma mente coxeante entre dois pensamentos; sabia quem tinha sido outrora; quem o chamou para pregar; quem ele era, agora, em Cristo; o que estava fazendo; para quem estava fazendo e qual seria o desfecho final de sua missão. A consciência de Paulo estava absoluta em Cristo e já não havia espaço em seu ser para instabilidades ou crises existenciais. Por isto mesmo ele pôde ser habilitado para realizar uma obra missionária tão vasta, tanto no que se refere à farta literatura sacra que legou para nós, quanto à sua contribuição em termos de almas humanas conquistadas para Cristo e organizadas em igrejas locais por todo o Império Romano.
Toda a vasta obra deixada por Paulo como legado às futuras gerações de crentes, só foi possível porque sua consciência fora transformada, purificada, lapidada e saturada pela glória do Cristo ressurreto e glorificado, bem como pela glória do santo evangelho, poder de Deus e salvação para todo aquele que crê.
O que somos perante a nossa própria consciência, especialmente quando estamos à sós com nós mesmos, é o que somos de verdade. Paulo, tanto em sua vida pública quanto no particular, na intimidade, era inteiro em sua consciência: um homem com a mente plenamente tomada pelos valores do Reino de Cristo e pela cultura celestial.
"Já não vivo eu, mas Cristo vive em mim; e o viver que agora vivo na carne, vivo-o na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim. (Gálatas 2.20)
Paulo estava firmado e estabilizado na certeza de sua consciência plenamente livre:
* Perante si mesmo;
* Perante Cristo;
* Perante os homens.
Isto fazia dele um gigante na fé, um destemido, um valente, um homem de consciência limpa, tranquila, apaziguada e estabilizada no sangue de Cristo.
É por isto que as Escrituras afirmam:
Bem aventurado aquele cuja transgressão é perdoada e cujo pecado é coberto.
Bem aventurado é aquele a quem o Senhor não atribui iniquidade e em cujo espírito não há engano. (Salmo 32.1,2)
Ninguém neste mundo pode afirmar, em verdade, que é livre e tem paz na alma sendo detentor de uma consciência culpada, maculada e presa ao poder e à culpa do pecado; isto é impossível! Ou lavamos nossa consciência no sangue de Jesus e, então, e só então, somos livres e temos paz; ou não lavamos nossa consciência e permanecemos escravos vis do pecado, da vergonha e da desonra, além de permanecermos inquietos e instáveis.
"Estarei sempre inquieto enquanto meu coração não descansar em Ti" (Agostinho de Hipona - teólogo cristão do IV Século d.C.)
Portanto, amados (as), uma consciência limpa é o pressuposto fundamental não apenas para Deus nos usar na realização de algo substancial para Seu Reino, como também para que nossa alma possa experimentar, desde agora, um antegozo da glória celestial, em paz, quietude e satisfação que provém de uma consciência livre e limpa:
* Perante si mesmo;
* Perante Cristo;
* E perante os homens.
Att,
Pr Alexandro Lopes
Pastor da Missão Evangélica Pentecostal do Brasil (MEPB)
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