Lucas 23:46 - Então,
Jesus bradou com voz forte: “Pai! Em tuas mãos entrego o meu espírito”. E
havendo dito isto, expirou.
Estamos
celebrando a Páscoa, essa data é a mais importante para todo e qualquer cristão
que realmente entende o que ela significa de fato. É nessa data que celebramos
a manifestação da misericórdia, da graça e do amor de Deus por nós, quando
este, decide revelar o Seu Filho ao mundo e sacrificá-lo, num plano perfeito de
redenção, salvando o seu povo e destruindo de uma vez por todas o poder das
trevas. Nunca houve, e jamais haverá outra manifestação de amor na história da
humanidade maior que essa, pois o verdadeiro amor não é medido por palavras,
mas sim com atitude. Está Escrito:
João 15:13 – Não existe maior amor do que este: de alguém dar a própria vida por causa dos seus amigos.
Jesus não somente nos prova
o seu amor dando sua vida por nós, como também nos chama de amigos, como está
registrado nesse mesmo texto no versículo 15. Portanto, em Cristo entendemos
que somos amados e que temos o melhor amigo que qualquer pessoa possa ter, por
isso, todos aqueles que entregam sua vida a Jesus se sentem amadas e nunca
sozinhas, pois Jesus está conosco.
A Páscoa cristã é celebrada conforme as Escrituras nos
ensinam sobre o sacrifício e a ressurreição de Jesus:
Quinta-feira à noite – Jesus
foi traído e preso;
Sexta-feira – Jesus foi julgado,
condenado sendo inocente, morreu no madeiro e sepultado;
Sábado – Todos descansaram
conforme a Lei Mosaica;
Domingo – As mulheres
testificam a ressurreição de Jesus;
Portanto, na sexta-feira
lembramos do sacrifício de Jesus, de sua morte lá na cruz. E no domingo,
celebramos a sua ressurreição. Geralmente nessa data, os cristãos se consagram
ao Senhor, uns de maneira errada, outros, de maneira bíblica. Por exemplo, não
existe nada na Palavra de Deus que impeça você de comer o que quiser nessa
data, inclusive carne, não é pecado. Já existem outros que aproveitam essa data
para se dedicarem ainda mais ao Senhor, à leitura da Palavra, ao Jejum, às
orações; o fato é, precisamos e devemos celebrar a Páscoa cristã, pois ela
representa a esperança que Deus nos dá por intermédio de Seu Filho, o nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo.
O sacrifício de Jesus era o plano perfeito de Deus antes
mesmo de tudo ser criado, sim, antes mesmo que tudo fosse criado, ou mesmo, antes
da queda do homem e da entrada do pecado no mundo, Jesus estava com Deus
aguardando o desenrolar da história e o momento perfeito para se revelar como o
Salvador. Vejamos o que Pedro afirma:
1 Pedro 1:19-20
Mas fostes resgatados pelo precioso sangue de Cristo, como de Cordeiro sem
mácula ou defeito algum, conhecido, de fato, antes da criação do mundo, porém
revelado nestes últimos tempos em vosso favor.
O apóstolo Pedro está
afirmando aqui que nós fomos resgatados pelo precioso sangue de Jesus, que foi
conhecido / escolhido antes da criação do mundo para nos salvar. Vejamos outro
texto importante:
Apocalipse 13:8c
...que foi imolado desde a criação do Universo. (KJA)
Apocalipse 13:8
...que foi morto antes da criação do mundo. (NVT)
O apóstolo João, por sua
vez, nos revela que Jesus já havia sido sacrificado / imolado / morto na
eternidade, antes mesmo da criação, da queda do homem e da entrada do pecado no
mundo. Portanto, era impossível que Cristo não se sacrificasse, e morresse para
o nosso benefício. É importante sabermos disso, pois isso revela a dimensão do
poder e do amor de Deus por nós, pois, se Cristo já havia sido escolhido como
nosso Salvador e sido sacrificado antes mesmo que tudo viesse existir, é por
que:
1º - Deus já conhecia / sabia de tudo antes que acontecesse;
Isaías 46:10 Desde
o princípio anunciei o futuro, desde a antiguidade, aquilo que ainda não
acontecera. Eu afirmo: O meu propósito será realizado, certamente farei tudo o
que me apraz. (KJA)
Isaías 46:10 Só eu
posso lhes anunciar, desde já, o que acontecerá no futuro. Todos os meus planos
se cumprirão, pois faço tudo que desejo. (NVT)
2º - Deus já sabia que iríamos pecar e estaríamos perdidos;
3º - Deus já nos conhecia na eternidade, antes mesmo de tudo ser
criado, Ele nos amou e decidiu nos salvar;
Aplicação: Se Jesus se
sacrificou na cruz do Calvário é porque Deus já te conhecia, já tinha te
escolhido e te amado, antes mesmo de você existir. Jesus é o “plano perfeito”
de Deus para a salvação do homem, e para revelar o seu amor em nós. Por isso,
Jesus é a sua única esperança, e não há outro.
A VINDA DE JESUS – A CONCRETIZAÇÃO DO
PLANO DE DEUS
Então, veio Jesus, segundo a Bíblia, na “plenitude dos
tempos” como Paulo diz:
Gálatas 4:4
Todavia, quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido
de mulher, nascido também debaixo da autoridade da Lei.
Plenitude dos tempos = época
determinada – Descreve o ponto central da história universal, o momento
escolhido por Deus para revelação da Sua pessoa em Cristo Jesus, seu filho,
para resgate eterno de todos os que nele creem. (Comentário da Bíblia de Estudo
KJA)
O apóstolo João, falando
sobre esse Jesus que se revelou em carne no seu Evangelho diz que:
1 - Ele era e é o próprio
Deus (1:1);
2 - Ele é o Criador de todas
as coisas (1:3);
3 - Nele estão a vida e a
luz dos homens (1:4);
4 - Ele é aquele que tem
poder para nos tornar filhos de Deus (1:12);
E por fim, sobre Jesus ele afirma:
João 1:14 Vimos a
sua glória, glória como a do Unigênito do Pai, cheio de graça e verdade.
E de fato, ao longo dos
Evangelhos, estudando sobre a vida de Jesus, podemos observar que Jesus era de
fato essa pessoa cheia de luz, de graça, de verdade, de poder e muita
intimidade com Deus. Tanto que, quando Jesus inicia seu ministério e começa a
pregar, a Palavra nos diz:
Mateus 4:16 O povo
que jazia nas trevas viu uma grande luz.
E assim, o ministério de
Jesus é marcado por ensinamentos, milagres, sinais, prodígios, curas,
ressurreições, e libertação. E tudo isso dentro de 3 anos, apenas. Mas, o tempo
determinado de Deus para que Cristo fosse preso e morto havia chegado.
A PRISÃO, CONDENAÇÃO E MORTE DE JESUS
A Palavra nos diz que, após a celebração da Santa Ceia,
Jesus vai para o monte das oliveiras (Getsêmani) junto com os seus discípulos.
Lá, Jesus começa a orar de maneira angustiante, pois Ele sabia que o momento
havia chegado, e a oração de Jesus era:
Lucas 22:42 Pai,
se queres, afasta de mim este cálice, entretanto, não seja feita a minha
vontade, mas o que Tu desejas!
Porque será que Jesus pediu
em oração a Deus para que esse “cálice” fosse afastado dele? O que isso
representa? Jesus não estava querendo abandonar a sua missão e desobedecer a
Deus, não. Jesus não tinha medo da morte, o que mais horrorizava Jesus era o
modo da sua morte: como um criminoso, rejeitado por todos, humilhado, ferido,
esmagado... Por isso, num momento de humanidade, Jesus clama: “Pai, se queres, afasta de mim este cálice”. Contudo,
sabendo e compreendendo Ele bem o plano de Deus para a nossa redenção, Ele
continua a oração dizendo: “Entretanto, não seja feita
a minha vontade, mas o que Tu desejas!”. E de fato, a vontade do Pai se
concretiza em Jesus, pois, após essa oração Jesus é preso através de um ato de
traição, em que Judas Iscariotes entrega Jesus por meio de um beijo.
A prisão de Jesus
Sobre a prisão de Jesus, precisamos ter em mente que Ele
não foi forçado a estar ali ou foi preso contra a sua vontade, a Palavra deixa
claro que voluntariamente Ele se entregou. Vejamos alguns textos:
Gálatas 1:4 ...que
se entregou voluntariamente pelos nossos pecados, a fim de nos resgatar deste
atual e perverso sistema mundial, segundo a vontade de nosso Deus e Pai. (KJA)
Tito 2:14 Ele, que
se entregou a si mesmo por nós para nos remir de toda maldade e purificar para
si um povo todo seu, consagrado às boas obras.
O próprio Pedro sacou a
espada para tentar impedir a prisão de Jesus e feriu a orelha de um dos servos
do sumo sacerdote (Malco), contudo, Jesus interveio e disse basta, curando a
orelha do homem e se entregou (Lc 22:49-54). O próprio Jesus deixou claro que
Ele tinha poder para vencer e se livrar daquela situação, dizendo:
Mateus 26:53-54 Ou
imaginas tu que Eu, neste momento, não poderia orar ao meu Pai e Ele colocaria
à minha disposição mais de doze legiões de anjos? Entretanto, como então se
cumpririam as Escrituras, que afirmam que tudo deve acontecer desta maneira?
Aplicação: Sendo assim, nós que
somos a Igreja de Jesus precisamos entender que a sua prisão e sua entrega se
deu voluntariamente, ou seja, ele mesmo se entregou para que o Plano que Deus
estabeleceu deste a eternidade pudesse se cumprir Nele para nos proporcionar a
salvação.
Jesus diante do tribunal
Jesus se entrega, e Ele
é conduzido para dois tribunais – o primeiro é o tribunal religioso, que
dentre os dois é o mais impiedoso e maldoso. Pois este tribunal constituído por
homens extremamente religiosos e que se diziam “homens de Deus” buscava a todo
custo uma forma de condenar e matar Jesus. Eles tentaram se utilizar de
mentiras, falsas acusações (falso testemunho) para conduzir Jesus diante do
tribunal, contudo, Jesus se manteve em silencio diante das acusações. Até que o
sumo sacerdote angustiado intimou Jesus:
Mateus 26:63-64 Eu
te coloco sob juramento diante do Deus vivo e exijo que nos digas se tu és o
Cristo, o Filho de Deus! Tu mesmo o declaraste, afirmou-lhe Jesus. Contudo, Eu
revelo a todos vós: Chegará o dia em que vereis o Filho do homem assentado à
direita do Todo-Poderoso, vindo sobre as nuvens do céu!
Diante dessas afirmações de
Jesus, o sumo sacerdote rasgou suas vestes dizendo: Blasfemou! E perguntou aos
demais: Que vos parece? E lhe responderam: “Culpado e merecedor de morte é!”
Então, a partir dai começaram a humilhar e a espancar Jesus.
Aplicação: Engana-se quem acha
que a classe política é a pior de todas, não. A classe religiosa é a pior!
Religiosos não tem misericórdia, conduzem à condenação e morte sem nenhuma
piedade, julgam, criam contendas, incentivam as multidões a se oporem àqueles a
quem Deus enviou, são carnais, acham que estão certos e conduzem muitos ao
inferno. Desse tipo de pessoa se afastem, pois eles farão vocês tropeçarem, e
eles não estão distantes, estão em todo lugar. E eu sei que aqui também existem
esses. Cuidado!
Em seguida, Jesus
é conduzido ao segundo tribunal – o tribunal político. Jesus é levado à
Pilatos, governador romano da Judeia. Pilatos começa a interrogar Jesus, e os
líderes religiosos continuaram a acusar Jesus diante do governador, e Jesus
mantinha-se em silêncio. Por ocasião da festa da Páscoa, era costume do
governador libertar um prisioneiro escolhido pelo povo, e naquele dia em que
Jesus estava sendo julgado, estava preso também um homem chamado Barrabás
(Preso por suscitar uma rebelião e matar pessoas). Pilatos se dirige a multidão
e lhes perguntam: “A quem desejais que eu vos solte, a Barrabás ou a este
Jesus?” E o texto bíblico vai dizer que:
Mateus 27:20
Todavia, os chefes dos sacerdotes e os anciãos influenciaram a multidão para
exigir o livramento de Barrabás e a execução de Jesus.
Assim, a multidão foi
influenciada a clamar para libertar Barrabás e crucificar Jesus. O texto afirma
que Pilatos, governador romano tentou livrar Jesus daquela acusação de morte,
mas o povo influenciado pelos religiosos não permitiu, e começaram a clamar
ainda mais e a situação estava saindo do controle. Por fim, a Palavra nos diz
que Pilatos lavou suas mãos diante da multidão e disse a multidão:
Mateus 27:24 Estou
inocente do sangue deste homem justo. Esta é uma questão vossa!
Então, Pilatos mandou soltar
Barrabás e entregou Jesus para sofrer ainda mais e ser crucificado. Por fim, o
julgamento de Jesus termina, sendo Jesus condenado ha morte mesmo sendo
inocente.
Aplicação: Aqui temos
ensinamentos que precisam ser falados, o primeiro deles é que, existe um ditado
errado que dizem por ai da seguinte maneira: “A voz do povo é a voz de Deus!”
Não! Absolutamente não! Esse texto deixa claro que a vontade da maioria nem
sempre é a certa, pois a maioria julgou e condenou um inocente a morte. E
existem tantos outros textos bíblicos que mostram que a maioria estava errada
em muitas outras questões, portanto, não falem e nem aceitem esse ditado.
Segundo, esse mesmo grupo de religiosos que estava inflamando e influenciando o
povo a matar um inocente, ainda continua em nosso meio, como servos de Satanás,
perseguindo, destruindo e matando aqueles aos quais Deus levanta no meio do seu
povo. Portanto, tomem cuidado para que vocês não sejam influenciados por eles e
seus pecados sejam somados aos seus, eles são fáceis de identificar na igreja:
- Geralmente são formadores de grupos, gostam de facções: Quando
fazem algo exaltam a si mesmos, quando outros fazem, ficam em silêncio,
remoendo e torcendo contra;
- Tramam contra outros irmãos: Fazem de tudo para tirar e excluir
qualquer um que faça aquilo que eles não queiram ou que vá contra o seu grupo;
- Gostam do poder: Fazem de tudo para não perderem a influencia que
eles têm sobre o povo ou sobre a igreja, quando se sentem ameaçados, eles vão
até as últimas consequências, pois eles não têm nada a perder;
- Gostam dos holofotes: Tudo o que fazem é para serem vistos, para
saírem nas fotos, para que vejam que eles fazem. Se algo relevante acontecer na
igreja e eles não tiverem e nem saírem nas fotos não importa para eles;
- Maquinam o mal: Eles são daqueles que tramam para destruir, para
matar, para desfazer. Quantos homens de Deus, pastores e líderes não foram
perseguidos por esse tipo de pessoa na história da igreja?
Portanto, aqui vai um
conselho meu para a igreja: Fujam de grupos, facções, conversas e acusações
contra outros irmãos, contendas e qualquer outro tipo de coisa semelhante a
estas.
Provérbios 6:16-19
Há seis atitudes que o Senhor odeia, sete atitudes que Ele detesta: olhos
arrogantes, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que
maquina planos perversos, pés que se apressam para fazer o mal, a testemunha
falsa que espalha difamações e aquele que provoca contendas entre irmãos!
A crucificação
Jesus é conduzido a um lugar chamado “Caveira”, ali o
crucificaram com dois outros criminosos, um a sua esquerda e outro a sua
direita. Apesar de tudo o que fizeram com Ele, Jesus clamava:
Lucas 23:34 Pai,
perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo!
Jesus está clamando pelo
perdão dos seus algozes, daqueles que o trataram mal, que o afligiram, que o
perseguiram. Um dos maiores ensinamento de Jesus em seu ministério é sobre o
perdão, e em um desses ensinamentos Jesus afirma:
Mateus 6:14-15
Pois, se perdoardes aos homens as suas ofensas, assim também vosso Pai celeste
vos perdoará. Entretanto, se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos
perdoará as vossas ofensas.
Se quisermos ser perdoados,
precisamos perdoar. Guardar mágoas, ofensas e tristezas em nosso coração não
será bom para nós. Se Cristo perdoou aqueles que tanto mal fizeram contra ele,
imagine nós, que não sofremos metade do que Jesus sofreu, devemos liberar
perdão.
A Palavra diz que do meio dia até às três horas da tarde as trevas cobriram toda terra, o sol perdera seu brilho. Então, Jesus gritou com voz forte: “Pai, Em tuas mãos entrego o meu espírito”. E a Bíblia diz que, depois que Jesus disse isso, expirou. Um homem chamado José de Arimatéia, membro do Sinédrio dos Judeus, cuja Bíblia vai dizer que ele era um homem bom e justo, que não havia concordado com o julgamento de Cristo e que esperava o Reino de Deus, pediu a Pilatos o corpo de Jesus para sepultar conforme a tradição Judaica. Depois que Jesus foi tirado da cruz, foi envolvido em um lençol de linho e depositado num túmulo cavado na rocha, onde ninguém ainda havia sido sepultado. Era o fim da sexta-feira, e estava para começar o sábado onde ninguém trabalhava. Este é o relato da morte de Cristo na Cruz do Calvário.
Deus os abençoe.
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