sábado, 19 de abril de 2025

O SACRIFÍCIO DE JESUS - LUCAS 23:46

 



Lucas 23:46 - Então, Jesus bradou com voz forte: “Pai! Em tuas mãos entrego o meu espírito”. E havendo dito isto, expirou.

 

Estamos celebrando a Páscoa, essa data é a mais importante para todo e qualquer cristão que realmente entende o que ela significa de fato. É nessa data que celebramos a manifestação da misericórdia, da graça e do amor de Deus por nós, quando este, decide revelar o Seu Filho ao mundo e sacrificá-lo, num plano perfeito de redenção, salvando o seu povo e destruindo de uma vez por todas o poder das trevas. Nunca houve, e jamais haverá outra manifestação de amor na história da humanidade maior que essa, pois o verdadeiro amor não é medido por palavras, mas sim com atitude. Está Escrito:

João 15:13 – Não existe maior amor do que este: de alguém dar a própria vida por causa dos seus amigos.

Jesus não somente nos prova o seu amor dando sua vida por nós, como também nos chama de amigos, como está registrado nesse mesmo texto no versículo 15. Portanto, em Cristo entendemos que somos amados e que temos o melhor amigo que qualquer pessoa possa ter, por isso, todos aqueles que entregam sua vida a Jesus se sentem amadas e nunca sozinhas, pois Jesus está conosco.

            A Páscoa cristã é celebrada conforme as Escrituras nos ensinam sobre o sacrifício e a ressurreição de Jesus:

Quinta-feira à noite – Jesus foi traído e preso;

Sexta-feira – Jesus foi julgado, condenado sendo inocente, morreu no madeiro e sepultado;

Sábado – Todos descansaram conforme a Lei Mosaica;

Domingo – As mulheres testificam a ressurreição de Jesus;

Portanto, na sexta-feira lembramos do sacrifício de Jesus, de sua morte lá na cruz. E no domingo, celebramos a sua ressurreição. Geralmente nessa data, os cristãos se consagram ao Senhor, uns de maneira errada, outros, de maneira bíblica. Por exemplo, não existe nada na Palavra de Deus que impeça você de comer o que quiser nessa data, inclusive carne, não é pecado. Já existem outros que aproveitam essa data para se dedicarem ainda mais ao Senhor, à leitura da Palavra, ao Jejum, às orações; o fato é, precisamos e devemos celebrar a Páscoa cristã, pois ela representa a esperança que Deus nos dá por intermédio de Seu Filho, o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

            O sacrifício de Jesus era o plano perfeito de Deus antes mesmo de tudo ser criado, sim, antes mesmo que tudo fosse criado, ou mesmo, antes da queda do homem e da entrada do pecado no mundo, Jesus estava com Deus aguardando o desenrolar da história e o momento perfeito para se revelar como o Salvador. Vejamos o que Pedro afirma:

1 Pedro 1:19-20 Mas fostes resgatados pelo precioso sangue de Cristo, como de Cordeiro sem mácula ou defeito algum, conhecido, de fato, antes da criação do mundo, porém revelado nestes últimos tempos em vosso favor.

O apóstolo Pedro está afirmando aqui que nós fomos resgatados pelo precioso sangue de Jesus, que foi conhecido / escolhido antes da criação do mundo para nos salvar. Vejamos outro texto importante:

Apocalipse 13:8c ...que foi imolado desde a criação do Universo. (KJA)

Apocalipse 13:8 ...que foi morto antes da criação do mundo. (NVT)

O apóstolo João, por sua vez, nos revela que Jesus já havia sido sacrificado / imolado / morto na eternidade, antes mesmo da criação, da queda do homem e da entrada do pecado no mundo. Portanto, era impossível que Cristo não se sacrificasse, e morresse para o nosso benefício. É importante sabermos disso, pois isso revela a dimensão do poder e do amor de Deus por nós, pois, se Cristo já havia sido escolhido como nosso Salvador e sido sacrificado antes mesmo que tudo viesse existir, é por que:

1º - Deus já conhecia / sabia de tudo antes que acontecesse;

Isaías 46:10 Desde o princípio anunciei o futuro, desde a antiguidade, aquilo que ainda não acontecera. Eu afirmo: O meu propósito será realizado, certamente farei tudo o que me apraz. (KJA)

Isaías 46:10 Só eu posso lhes anunciar, desde já, o que acontecerá no futuro. Todos os meus planos se cumprirão, pois faço tudo que desejo. (NVT)

2º - Deus já sabia que iríamos pecar e estaríamos perdidos;

3º - Deus já nos conhecia na eternidade, antes mesmo de tudo ser criado, Ele nos amou e decidiu nos salvar;

Aplicação: Se Jesus se sacrificou na cruz do Calvário é porque Deus já te conhecia, já tinha te escolhido e te amado, antes mesmo de você existir. Jesus é o “plano perfeito” de Deus para a salvação do homem, e para revelar o seu amor em nós. Por isso, Jesus é a sua única esperança, e não há outro.

 

A VINDA DE JESUS – A CONCRETIZAÇÃO DO PLANO DE DEUS

            Então, veio Jesus, segundo a Bíblia, na “plenitude dos tempos” como Paulo diz:

Gálatas 4:4 Todavia, quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido também debaixo da autoridade da Lei.

Plenitude dos tempos = época determinada – Descreve o ponto central da história universal, o momento escolhido por Deus para revelação da Sua pessoa em Cristo Jesus, seu filho, para resgate eterno de todos os que nele creem. (Comentário da Bíblia de Estudo KJA)

O apóstolo João, falando sobre esse Jesus que se revelou em carne no seu Evangelho diz que:

1 - Ele era e é o próprio Deus (1:1);

2 - Ele é o Criador de todas as coisas (1:3);

3 - Nele estão a vida e a luz dos homens (1:4);

4 - Ele é aquele que tem poder para nos tornar filhos de Deus (1:12);

E por fim, sobre Jesus ele afirma:

João 1:14 Vimos a sua glória, glória como a do Unigênito do Pai, cheio de graça e verdade.

E de fato, ao longo dos Evangelhos, estudando sobre a vida de Jesus, podemos observar que Jesus era de fato essa pessoa cheia de luz, de graça, de verdade, de poder e muita intimidade com Deus. Tanto que, quando Jesus inicia seu ministério e começa a pregar, a Palavra nos diz:

Mateus 4:16 O povo que jazia nas trevas viu uma grande luz.

E assim, o ministério de Jesus é marcado por ensinamentos, milagres, sinais, prodígios, curas, ressurreições, e libertação. E tudo isso dentro de 3 anos, apenas. Mas, o tempo determinado de Deus para que Cristo fosse preso e morto havia chegado.

 

A PRISÃO, CONDENAÇÃO E MORTE DE JESUS

            A Palavra nos diz que, após a celebração da Santa Ceia, Jesus vai para o monte das oliveiras (Getsêmani) junto com os seus discípulos. Lá, Jesus começa a orar de maneira angustiante, pois Ele sabia que o momento havia chegado, e a oração de Jesus era:

Lucas 22:42 Pai, se queres, afasta de mim este cálice, entretanto, não seja feita a minha vontade, mas o que Tu desejas!

Porque será que Jesus pediu em oração a Deus para que esse “cálice” fosse afastado dele? O que isso representa? Jesus não estava querendo abandonar a sua missão e desobedecer a Deus, não. Jesus não tinha medo da morte, o que mais horrorizava Jesus era o modo da sua morte: como um criminoso, rejeitado por todos, humilhado, ferido, esmagado... Por isso, num momento de humanidade, Jesus clama: “Pai, se queres, afasta de mim este cálice”. Contudo, sabendo e compreendendo Ele bem o plano de Deus para a nossa redenção, Ele continua a oração dizendo: “Entretanto, não seja feita a minha vontade, mas o que Tu desejas!”. E de fato, a vontade do Pai se concretiza em Jesus, pois, após essa oração Jesus é preso através de um ato de traição, em que Judas Iscariotes entrega Jesus por meio de um beijo.

 

A prisão de Jesus

            Sobre a prisão de Jesus, precisamos ter em mente que Ele não foi forçado a estar ali ou foi preso contra a sua vontade, a Palavra deixa claro que voluntariamente Ele se entregou. Vejamos alguns textos:

Gálatas 1:4 ...que se entregou voluntariamente pelos nossos pecados, a fim de nos resgatar deste atual e perverso sistema mundial, segundo a vontade de nosso Deus e Pai. (KJA)

Tito 2:14 Ele, que se entregou a si mesmo por nós para nos remir de toda maldade e purificar para si um povo todo seu, consagrado às boas obras.

O próprio Pedro sacou a espada para tentar impedir a prisão de Jesus e feriu a orelha de um dos servos do sumo sacerdote (Malco), contudo, Jesus interveio e disse basta, curando a orelha do homem e se entregou (Lc 22:49-54). O próprio Jesus deixou claro que Ele tinha poder para vencer e se livrar daquela situação, dizendo:

Mateus 26:53-54 Ou imaginas tu que Eu, neste momento, não poderia orar ao meu Pai e Ele colocaria à minha disposição mais de doze legiões de anjos? Entretanto, como então se cumpririam as Escrituras, que afirmam que tudo deve acontecer desta maneira?

Aplicação: Sendo assim, nós que somos a Igreja de Jesus precisamos entender que a sua prisão e sua entrega se deu voluntariamente, ou seja, ele mesmo se entregou para que o Plano que Deus estabeleceu deste a eternidade pudesse se cumprir Nele para nos proporcionar a salvação.

 

Jesus diante do tribunal

            Jesus se entrega, e Ele é conduzido para dois tribunais – o primeiro é o tribunal religioso, que dentre os dois é o mais impiedoso e maldoso. Pois este tribunal constituído por homens extremamente religiosos e que se diziam “homens de Deus” buscava a todo custo uma forma de condenar e matar Jesus. Eles tentaram se utilizar de mentiras, falsas acusações (falso testemunho) para conduzir Jesus diante do tribunal, contudo, Jesus se manteve em silencio diante das acusações. Até que o sumo sacerdote angustiado intimou Jesus:

Mateus 26:63-64 Eu te coloco sob juramento diante do Deus vivo e exijo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus! Tu mesmo o declaraste, afirmou-lhe Jesus. Contudo, Eu revelo a todos vós: Chegará o dia em que vereis o Filho do homem assentado à direita do Todo-Poderoso, vindo sobre as nuvens do céu!

Diante dessas afirmações de Jesus, o sumo sacerdote rasgou suas vestes dizendo: Blasfemou! E perguntou aos demais: Que vos parece? E lhe responderam: “Culpado e merecedor de morte é!” Então, a partir dai começaram a humilhar e a espancar Jesus.

Aplicação: Engana-se quem acha que a classe política é a pior de todas, não. A classe religiosa é a pior! Religiosos não tem misericórdia, conduzem à condenação e morte sem nenhuma piedade, julgam, criam contendas, incentivam as multidões a se oporem àqueles a quem Deus enviou, são carnais, acham que estão certos e conduzem muitos ao inferno. Desse tipo de pessoa se afastem, pois eles farão vocês tropeçarem, e eles não estão distantes, estão em todo lugar. E eu sei que aqui também existem esses. Cuidado!

            Em seguida, Jesus é conduzido ao segundo tribunal – o tribunal político. Jesus é levado à Pilatos, governador romano da Judeia. Pilatos começa a interrogar Jesus, e os líderes religiosos continuaram a acusar Jesus diante do governador, e Jesus mantinha-se em silêncio. Por ocasião da festa da Páscoa, era costume do governador libertar um prisioneiro escolhido pelo povo, e naquele dia em que Jesus estava sendo julgado, estava preso também um homem chamado Barrabás (Preso por suscitar uma rebelião e matar pessoas). Pilatos se dirige a multidão e lhes perguntam: “A quem desejais que eu vos solte, a Barrabás ou a este Jesus?” E o texto bíblico vai dizer que:

Mateus 27:20 Todavia, os chefes dos sacerdotes e os anciãos influenciaram a multidão para exigir o livramento de Barrabás e a execução de Jesus.

Assim, a multidão foi influenciada a clamar para libertar Barrabás e crucificar Jesus. O texto afirma que Pilatos, governador romano tentou livrar Jesus daquela acusação de morte, mas o povo influenciado pelos religiosos não permitiu, e começaram a clamar ainda mais e a situação estava saindo do controle. Por fim, a Palavra nos diz que Pilatos lavou suas mãos diante da multidão e disse a multidão:

Mateus 27:24 Estou inocente do sangue deste homem justo. Esta é uma questão vossa!

Então, Pilatos mandou soltar Barrabás e entregou Jesus para sofrer ainda mais e ser crucificado. Por fim, o julgamento de Jesus termina, sendo Jesus condenado ha morte mesmo sendo inocente.

Aplicação: Aqui temos ensinamentos que precisam ser falados, o primeiro deles é que, existe um ditado errado que dizem por ai da seguinte maneira: “A voz do povo é a voz de Deus!” Não! Absolutamente não! Esse texto deixa claro que a vontade da maioria nem sempre é a certa, pois a maioria julgou e condenou um inocente a morte. E existem tantos outros textos bíblicos que mostram que a maioria estava errada em muitas outras questões, portanto, não falem e nem aceitem esse ditado. Segundo, esse mesmo grupo de religiosos que estava inflamando e influenciando o povo a matar um inocente, ainda continua em nosso meio, como servos de Satanás, perseguindo, destruindo e matando aqueles aos quais Deus levanta no meio do seu povo. Portanto, tomem cuidado para que vocês não sejam influenciados por eles e seus pecados sejam somados aos seus, eles são fáceis de identificar na igreja:

- Geralmente são formadores de grupos, gostam de facções: Quando fazem algo exaltam a si mesmos, quando outros fazem, ficam em silêncio, remoendo e torcendo contra;

- Tramam contra outros irmãos: Fazem de tudo para tirar e excluir qualquer um que faça aquilo que eles não queiram ou que vá contra o seu grupo;

- Gostam do poder: Fazem de tudo para não perderem a influencia que eles têm sobre o povo ou sobre a igreja, quando se sentem ameaçados, eles vão até as últimas consequências, pois eles não têm nada a perder;

- Gostam dos holofotes: Tudo o que fazem é para serem vistos, para saírem nas fotos, para que vejam que eles fazem. Se algo relevante acontecer na igreja e eles não tiverem e nem saírem nas fotos não importa para eles;

- Maquinam o mal: Eles são daqueles que tramam para destruir, para matar, para desfazer. Quantos homens de Deus, pastores e líderes não foram perseguidos por esse tipo de pessoa na história da igreja?

Portanto, aqui vai um conselho meu para a igreja: Fujam de grupos, facções, conversas e acusações contra outros irmãos, contendas e qualquer outro tipo de coisa semelhante a estas.

Provérbios 6:16-19 Há seis atitudes que o Senhor odeia, sete atitudes que Ele detesta: olhos arrogantes, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que maquina planos perversos, pés que se apressam para fazer o mal, a testemunha falsa que espalha difamações e aquele que provoca contendas entre irmãos!

 

A crucificação

            Jesus é conduzido a um lugar chamado “Caveira”, ali o crucificaram com dois outros criminosos, um a sua esquerda e outro a sua direita. Apesar de tudo o que fizeram com Ele, Jesus clamava:

Lucas 23:34 Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo!

Jesus está clamando pelo perdão dos seus algozes, daqueles que o trataram mal, que o afligiram, que o perseguiram. Um dos maiores ensinamento de Jesus em seu ministério é sobre o perdão, e em um desses ensinamentos Jesus afirma:

Mateus 6:14-15 Pois, se perdoardes aos homens as suas ofensas, assim também vosso Pai celeste vos perdoará. Entretanto, se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.

Se quisermos ser perdoados, precisamos perdoar. Guardar mágoas, ofensas e tristezas em nosso coração não será bom para nós. Se Cristo perdoou aqueles que tanto mal fizeram contra ele, imagine nós, que não sofremos metade do que Jesus sofreu, devemos liberar perdão.

            A Palavra diz que do meio dia até às três horas da tarde as trevas cobriram toda terra, o sol perdera seu brilho. Então, Jesus gritou com voz forte: “Pai, Em tuas mãos entrego o meu espírito”. E a Bíblia diz que, depois que Jesus disse isso, expirou. Um homem chamado José de Arimatéia, membro do Sinédrio dos Judeus, cuja Bíblia vai dizer que ele era um homem bom e justo, que não havia concordado com o julgamento de Cristo e que esperava o Reino de Deus, pediu a Pilatos o corpo de Jesus para sepultar conforme a tradição Judaica. Depois que Jesus foi tirado da cruz, foi envolvido em um lençol de linho e depositado num túmulo cavado na rocha, onde ninguém ainda havia sido sepultado. Era o fim da sexta-feira, e estava para começar o sábado onde ninguém trabalhava. Este é o relato da morte de Cristo na Cruz do Calvário.


Deus os abençoe.

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